segunda-feira, 24 de março de 2008

Para comemorar o aniversário da Capital

A mostra Porto Alegre em Imagens, localizada em frente ao Paço Municipal, resgata as mudanças urbanas, sociais, econômicas e políticas da Capital. A exposição, que faz parte da programação 49ª Semana de Porto Alegre, apresenta uma seqüência de fatos e acontecimentos da capital dos gaúchos, nos últimos 60 anos, com 120 imagens do acervo municipal da segunda metade do Século XX à atualidade. A organização é de Eunice Batista Laroque.

O projeto também evidencia o cenário político do país e do Estado e apresenta aspectos do projetos desenvolvidos pelos prefeitos que governaram Porto Alegre, desde Ildo Meneghetti, nomeado em 1958, até os dias de hoje.

Onde?
Paço Municipal, Praça Montevidéo, 10, Centro, em frente à prefeitura
Quando?
De segunda a domingo, das 0h às 24h

Saiba mais sobre:

24 horas de cultura

Baile da cidade


O que é o Paço Municipal de Porto Alegre?

O Paço Municipal de Porto Alegre, também conhecido como Prefeitura Velha é um dos mais famosos edifícios históricos da Capital. O local foi tombado pelo município em 21 de novembro de 1979 e passou por uma reforma total em 2003, adaptando diversos espaços internos para exposições de arte e para guarda do acervo artístico da prefeitura gaúcha. O gabinete do prefeito se encontra neste prédio.

Ahaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

E ai, o leitor pensante sabe quantos anos Porto Alegre está fazendo?que dia é aniversário da cidade? e quais os lugares que mais agradam no Centro da Capital?

segunda-feira, 10 de março de 2008

Teatro da Ospa no Centro: contra ou a favor?

Uma das mais importantes casas de espetáculo de Porto Alegre deixará o aluguel e ganhará sede própria. Quando? Isso é uma incógnita.

O novo prédio do Teatro da Ospa, atualmente localizado na avenida Independência, deverá ser construído no Centro da capital, próximo à Câmara Municipal. A área destinada ao teatro fica junto ao Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Acima, reprodução do projeto de como ficaria a sede do Teatro da Ospa, na avenida Loureiro da Silva.

No entanto, diversas polêmicas estão em torno dessa obra de importância cultural. Em fevereiro de 2007, por incrível que possa parecer, moradores do Centro e ambientalistas se manifestaram contra a construção da sede da Ospa na área do parque. Na ocasião, o maestro Isaac Karabtchevsky, diretor artístico da orquestra, reagiu com uma forte declaração. “A atitude provinciana de uma minoria não pode prejudicar o interesse de toda uma cidade”, afirmou o músico.

Ainda em março de 2008, deve estar finalizado o projeto arquitetônico do entorno do teatro. Um prazo de mais 60 dias é estimado para a entrega do relatório de impacto ambiental, primeiro passo para o teatro sair do papel.

A questão merece análise e reflexão do editor e dos leitores do blog Marco Zero. O Centro de Porto Alegre ganharia mais uma atração cultural. A Ospa é respeitadíssima e tem enorme respaldo cultural. É de se estranhar por que até hoje, a orquestra não tenha uma casa própria.

No Centro da cidade, o teatro estaria mais próximo da população, ainda mais, ao lado do Centro Cultural da Usina do Gasômetro, junto ao “Parque da Harmonia” e às margens do Guaíba. Na área central, o espaço poderia até mesmo popularizar a música erudita.

Os aspectos negativos levantados são provenientes de ambientalistas e de moradores do Centro. A questão dos ecologistas até é de se compreender, pois eles alegam que a edificação numa área verde pode prejudicar a flora e a fauna do local. Hum, sim, tem consistência. Mas o que os moradores alegam?

Envie sua opinião sobre a construção do Teatro da Ospa, no bairro marco zero da cidade. Se for contra, melhor ainda, pois poderemos debater. Se for a favor, também mande suas justificativas. Essa é uma boa discussão.

Por Rodney Silva, com dados da ZH de 10/03/2008

sexta-feira, 7 de março de 2008

O centro e a história da capital dos gaúchos

O Centro é a área de Porto Alegre que, por sua antigüidade, concentra a maior parte dos marcos históricos da Capital. Um passeio pelas suas ruas permite reconstruir a história de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul.

Na Praça Marechal Deodoro (Praça da Matriz), começou a história de Porto Alegre, com a sua primeira igreja. Ali também teve início a Revolução Farroupilha, graças ao exaltado pronunciamento feito por Bento Gonçalves na Assembléia Legislativa.

Pela Rua da Praia desfilaram as tropas gaúchas que participaram das maiores revoluções do país — como a Revolução de 30.

Na praça da Alfândega, o cais do porto marcava o ponto de contato do Estado com o resto do país e do mundo: até a década de vinte deste século, a navegação de cabotagem era o principal meio de transporte de cargas e passageiros. Na rua Professor Annes Dias, a Santa Casa de Misericórdia é um marco de quase dois séculos da medicina no Estado.

Essas histórias — e as estórias dessa história — estão traduzidas nos diversos edifícios do Centro. Há um precioso patrimônio arquitetônico a ser preservado. E que, por sua vez, é muito pouco conhecido pelos próprios moradores da cidade.

Na fachada da Biblioteca Pública há um raríssimo calendário positivista. E, no seu interior, salas cujas decorações homenageiam culturas tão diversas como a egípcia e a mourisca.

No Paço Municipal, a prefeitura velha (na foto), uma estátua da Justiça contempla os porto-alegrenses. Essa é uma das raríssimas estátuas da Justiça, no mundo, que não tem os olhos vendados, mas poucos sequer a vêem.

Na rua General Câmara (rua da Ladeira), na esquina com a rua dos Andradas (rua da Praia), um prédio em estilo art noveaux resiste, intacto, ao tempo. Sua porta, altamente ornamentada, sobrevive a consecutivas camadas de pintura com a mesma beleza que tinha quando foi inicialmente esculpida.

Exemplos como esse se multiplicam, em locais como a Praça Senador Florêncio (Praça da Alfândega), onde o Banco Safra ocupa um conjunto arquitetônico formado, antigamente, por uma farmácia e um cinema, e o Museu de Artes do Rio Grande do Sul e o prédio do Correio (correio velho, visto que há um correio novo logo atrás) formam um dos mais conhecidos cartões postais da cidade.

O próprio nome das ruas, praças e prédios se constitui em uma história à parte. O Centro é o lugar onde as denominações originais das principais ruas e praças se mantêm intactas, graças ao uso popular. A Rua da Praia, a mais central, é, na verdade, a Rua dos Andradas.

E é no Centro que está "A Paineira", assim denominada e aceita por todos os habitantes em uma cidade em que há milhares de paineiras, e que é um ponto de referência da rua Sete de Setembro.

Por outro lado, é no centro que se encontram alguns dos principais locais de irradiação cultural da cidade. Basta lembrar que ali estão o Museu Júlio de Castilhos, a Casa de Cultura Mário Quintana, a Usina do Gasômetro, a Biblioteca Pública, o Museu de Artes do Rio Grande do Sul e o Museu da Companhia Estadual de Energia Elétrica.


Por Rodney Silva